Ex-jogadora da base nossoclubina, Camila Mesquita levanta o troféu da Superliga de vôlei

Oposta defendeu o Itambé/Minas na competição e jogou inclusive na final contra o Praia Clube

 
Quando a oposta Camila Mesquita recebeu a medalha de campeã da Superliga Feminina de Vôlei de 2021, os nossoclubinos puderam se sentir um pouco representados nessa conquista. Afinal, a jogadora de 21 anos e 1,81m defendeu as categorias de base do Nosso Clube, sob comando do técnico David Cavalheiro. Suas atuações chamaram a atenção do Bradesco/Osasco, para onde se transferiu antes de sua primeira experiência profissional, no Valinhos. No ano passado, veio a grande oportunidade de sua carreira: atuar pelo Itambé/Minas, uma das principais equipes de vôlei feminino do mundo.
 
Ser campeã da Superliga era um sonho que Camila acalentava desde os 9 anos, quando começou a treinar na AABB de São Paulo, onde nasceu. Ela conta que desde pequena frequentou as quadras por causa da sua mãe, Simone, que joga vôlei. “Quando ela ia pro treino, eu ficava no fundo da quadra brincando”, recorda-se. Ao se mudar para Limeira, seu padrasto, Joacir Mugnaini, o Tubarão, educador físico que sempre se destacou como jogador e técnico de vôlei, apresentou-a ao treinador David e ela foi incorporada à base nossoclubina.
 
Foi o início de um período marcante na trajetória de Camila. “São muitas recordações, há muitos jogos pelo Nosso Clube que com certeza ficaram na minha história”, afirma. “Tenho um carinho enorme por todas as pessoas que eu conheci no clube, pelos funcionários, pelas amigas com quem joguei e pelo David”. Ela reconhece a importância desse período na sua formação como atleta. “Pude jogar com meninas da minha idade e também com mais velhas, o que me deu maturidade e, com certeza, influenciou bastante na minha formação”.
 
CHANCE NO PROFISSIONAL
 
De volta à Grande São Paulo para defender o Bradesco, Camila ficou quatro anos em Osasco. Em seu último ano de base, na categoria sub-19, foi chamada pelo Valinhos para disputar a Superliga B. Pela primeira vez, ela estaria numa liga profissional. Mas depois de dois anos na cidade, veio um período de incertezas sobre seu futuro. A pandemia de Covid-19 havia começado e a atleta teve receio de não conseguir vaga em alguma equipe. Até que, em agosto do ano passado, recebeu um telefonema de seu empresário, informando que as negociações com o Itambé/Minas haviam sido concluídas com sucesso.
 
“Fiquei super feliz e realizada, afinal, é uma honra e tanto jogar com grandes estrelas do vôlei internacional”, ressalta sobre atuar na única equipe que disputou todas as 26 edições da Superliga Feminina. “Aprendo todo dia com elas e tê-las tão perto é maravilhoso”. Jogando com craques como a central Thaisa, a levantadora Macris, a oposta norte-americana Danielle Cuttino, a meio-de-rede Carol Gattaz e a ponteira Pri Daroit, e sob comando do técnico italiano Nicola Negro, Camila levantou o troféu do campeonato logo em sua primeira temporada pela equipe.
 
A jovem oposta teve a chance de entrar em quadra em várias oportunidades, seja como opção de Nicola Negro seja porque a titular da posição, Danielle Cuttino, sofreu com contusões. Ela jogou inclusive na vitoriosa final contra o Praia Clube, encerrada por 2 jogos a 1 no dia 5 de abril. Isso trouxe ainda mais exposição à Camila, que agora vai atrás de outro sonho: defender a Seleção Brasileira adulta. 
 
Ela já esteve nas seleções de base e, em 2016, disputou o Sul-Americano. “Estar numa Olimpíada é meu objetivo”, reforça a atleta, que tem um conselho para as jovens jogadoras que querem traçar o mesmo caminho que ela: “Dedique-se sempre mais do que você acha suficiente, ultrapasse seus limites, foque naquilo que busca e, lá na frente, seus sonhos vão se realizar”.
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